Começaremos a partir deste post a versar sobre a NBR ISO/IEC 9126 e seus benefícios quando aplicados de forma correta durante o ciclo de vida do sistema.
Segundo
a NBR ISO/IEC 9126 a especificação e avaliação da qualidade do produto de
software são fatores chave para garantir qualidade adequada. Isto pode ser
alcançado pela definição apropriada das características de qualidade, levando
em consideração o uso pretendido do produto de software. É importante que cada
característica relevante de qualidade do produto de software seja especificada
e avaliada utilizando, quando possível, métricas validadas ou amplamente
aceitas, como a APF.
A
especificação e validação passaram a ter como base o domínio do negócio e o
envolvimento do cliente. Nenhuma proposta comercial pode ser enviada para o cliente sem a observação deste
pré-requisito, o que reforça o transcrito na NBR ISO/IEC 9126 “levando em
consideração o uso pretendido do produto de software”, ou seja, o domínio do
negócio do cliente.
A
NBR ISO/IEC 9126 propõe o modelo de qualidade do produto de software, em duas
partes:
a)
qualidade interna e qualidade externa, e especifica 6 características.
b)
qualidade em uso, e especifica quatro características.
A
tabela abaixo mostra as seis características e suas variações em sub características
quando manifestadas externamente, o software é utilizado como parte de um
sistema computacional, e são resultantes de atributos internos do software.
Características
|
Sub características
|
Funcionalidade
|
• Adequação
• Acurácia
• Interoperabilidade
• Conformidade
• Segurança
de Acesso
|
Confiabilidade
|
• Maturidade
• Tolerância
a falhas
• Recuperabilidade
|
Usabilidade
|
• Intelegibilidade
• Apreensibilidade
• Operacionalidade
|
Eficiência
|
• Tempo
• Recursos
|
Manutenibilidade
|
• Analisabilidade
• Modificabilidade
• Estabilidade
• Testabilidade
|
Portabilidade
|
• Adaptabilidade
• Capacidade
de Instalação
• Conformidade
• Capacidade
de Substituição
|
Para
tornar a norma eficiente e eficaz no seu uso e implantação, é preciso fazer
valer o seu uso dentro do processo de gestão de desenvolvimento de sistemas,
fazendo parte do conceito de “pronto” do produto. Para tornar o processo mais
eficiente e o uso efetivo da norma de qualidade, estrategicamente, a lista de
características e subcaracterísticas passaram a fazer parte, como ponto de
atenção, aos riscos do projeto de software em conjunto com os testes de
software. Passamos a encarar como riscos de projeto as funcionalidades quando
não estavam de acordo com o domínio do negócio, a confiabilidade, a
usabilidade, a eficiência, a manutenibilidade e a portabilidade.
Segundo
a NBR ISO/IEC 9126 a qualidade do produto de software é especificada e avaliada
em diferentes perspectivas pelos envolvidos com aquisição, requisitos,
desenvolvimento, uso, avaliação, apoio, manutenção, garantia de qualidade e
auditoria de software. Ela pode, por exemplo, ser utilizada por
desenvolvedores, adquirentes, pessoal de garantia de qualidade e avaliadores
independentes, particularmente os responsáveis por especificar e avaliar
qualidade do produto de software. Exemplos de usos do modelo de qualidade
definido nesta parte da NBR ISO/IEC 9126 são para:
Validar a completitude de uma definição
de requisitos;
- Identificar requisitos de software;
- Identificar objetivos de projeto de software;
- Identificar objetivos para teste de software;
- Identificar critérios para garantia de qualidade;
- Identificar critérios de aceitação para produtos finais de software.
Modelo de Qualidade para qualidade Externa e Interna, segunda NBR ISO/IEC 9126
“Esta seção define o modelo de qualidade externa e interna. Ele categoriza os atributos de qualidade de software em seis características (funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência, manutenibilidade e portabilidade) as quais são, por sua vez, subdivididas em subcaracterísticas. As subcaracterísticas podem ser medidas por meio de métricas externas e internas”. (NBR ISO/IEC 9126)
Uma
definição é atribuída para cada característica e para cada subcaracterísticas
do software que influencia a característica de qualidade. A capacidade do
software é determinada por um conjunto de atributos internos que podem ser
medidos, para cada característica e subcaracterísticas. Exemplos de métricas
internas são dados na ISO/IEC 9126-3.
As
características e subcaracterísticas podem ser medidas externamente pelo grau
da capacidade do sistema contendo o software. Exemplos de métricas externas são
dados na ISO/IEC 9126-2.
Grande Abraço,
Gilberto Ribeiro.
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